segunda-feira, 21 de maio de 2012

O PALHAÇO PIRULITO


O PALAHAÇO PIRULITO

                        Geralmente nas cidadezinhas do interior quase não há lazer. Exceto jogos de futebol, aos domingos, que são realizados em campinhos improvisados pelos moradores. Não há shopping, teatro, e nem mesmo um pequeno cinema. Tudo é muito tranquilo e os habitantes cultivam o hábito de se sentarem nos bancos da pracinha para contarem histórias e relembrarem de fatos do passado.
            Porém, todos os anos, as senhoras têm a tradição de promoverem quermesses para ajudarem a Paróquia e, também, animar a população. Assim, todos colaboram na organização da festa que cresce a cada ano. Os moradores se mobilizam e, com bastante criatividade, enfeitam a pracinha e as barracas. Não falta algodão doce, maçã do amor, caldo de cana, pipoca, doces e salgados variados.
            As bandeirolas coloridas são embaladas pelo vento com o se fossem borboletas bailando no ar. Os fogos de artifício explodem no céu, deixando a noite mais bonita e iluminada.
            Nesse dia, crianças, jovens e adultos usam as melhores roupas e calçados. Afinal, não é todo dia que têm essa oportunidade de se divertirem tanto.
            Entretanto, existe uma personagem que faz a alegria da garotada: é o Palhaço Pirulito. Vestido com roupa de retalhos coloridos, em forma de triângulos, rosto maquiado, nariz vermelho e cabelos amarelos que deixa transparecer a careca logo acima da testa.
            Com habilidade equilibra-se em duas “pernas de pau” e sai andando entre a multidão. Atrás dele, estão as crianças que, em coro, respondem ao que o Palhaço pergunta:
            - Hoje é dia de festa?
            - É. Sim, senhor...
            - Quem aqui é esquisito?
            - O Palhaço Pirulito!
            - Vocês gostam de cantar?
            - Só se nos pagar.
            - Vamos rezar um “bendito”?
            - Então nos dê pirulito.
            E assim, o Palhaço continua sua caminhada fazendo a alegria da criançada.
Autora: Professora Afra de Souza Lira.

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