O PALAHAÇO PIRULITO
Geralmente
nas cidadezinhas do interior quase não há lazer. Exceto jogos de futebol, aos
domingos, que são realizados em campinhos improvisados pelos moradores. Não há
shopping, teatro, e nem mesmo um pequeno cinema. Tudo é muito tranquilo e os
habitantes cultivam o hábito de se sentarem nos bancos da pracinha para
contarem histórias e relembrarem de fatos do passado.
Porém,
todos os anos, as senhoras têm a tradição de promoverem quermesses para
ajudarem a Paróquia e, também, animar a população. Assim, todos colaboram na
organização da festa que cresce a cada ano. Os moradores se mobilizam e, com
bastante criatividade, enfeitam a pracinha e as barracas. Não falta algodão
doce, maçã do amor, caldo de cana, pipoca, doces e salgados variados.
As
bandeirolas coloridas são embaladas pelo vento com o se fossem borboletas
bailando no ar. Os fogos de artifício explodem no céu, deixando a noite mais
bonita e iluminada.
Nesse
dia, crianças, jovens e adultos usam as melhores roupas e calçados. Afinal, não
é todo dia que têm essa oportunidade de se divertirem tanto.
Entretanto,
existe uma personagem que faz a alegria da garotada: é o Palhaço Pirulito.
Vestido com roupa de retalhos coloridos, em forma de triângulos, rosto
maquiado, nariz vermelho e cabelos amarelos que deixa transparecer a careca
logo acima da testa.
Com
habilidade equilibra-se em duas “pernas de pau” e sai andando entre a multidão.
Atrás dele, estão as crianças que, em coro, respondem ao que o Palhaço
pergunta:
-
Hoje é dia de festa?
-
É. Sim, senhor...
-
Quem aqui é esquisito?
-
O Palhaço Pirulito!
-
Vocês gostam de cantar?
-
Só se nos pagar.
-
Vamos rezar um “bendito”?
-
Então nos dê pirulito.
E
assim, o Palhaço continua sua caminhada fazendo a alegria da criançada.
Autora: Professora Afra de Souza
Lira.
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