terça-feira, 29 de maio de 2012

DIÁLOGO COM A SOLIDÃO





DIÁLOGO COM A SOLIDÃO


Amiga Solidão,
Por que me fazes companhia?
Somos apenas nós
Que convivemos dia após dia.
Lado a lado me atormento,
Relembrando o meu passado.
É aquele amor ingrato
Que tira minha alegria.
Choro lágrimas de sangue,
Quando a saudade aperta,
Não sei se isso é tristeza
Ou apenas nostalgia.
Lágrimas de sangue, eu choro.
Minha vida está vazia;
Somente tu, Solidão,
Fazes-me companhia.
Quando penso no passado,
Relembro-me do meu amor.
Com o peito estraçalhado,
Tu compreendes minha dor.
Se lágrimas de sangue choro,
Não posso de ti esconder,
A saudade ronda onde eu moro,
Mas, o que posso fazer?
Sabe, amiga Solidão,
Contigo desabafo meu pranto.
Encontres uma solução
Para esse amargo desencanto.
O Cupido me feriu
Com sua flecha sagaz;
Esse amor me desiludiu
E sem ele, não tenho paz.
Tu és minha confidente
E razão no peito nunca há,
Fere-me esse amor ardente
O quê de mim será?
Lágrimas de sangue brotam
Do meu olhar entristecido
Por amor, muitos choram.
O mesmo acontece comigo.
Solidão, sem ti não sei mais viver.
Enxuga a lágrima de sangue
Quando dos meus olhos verter.


 Autora do texto: Pofessora Afra de Souza Lira                      Euclides da Cunha-BA., 29/05/12



Um comentário:

  1. Esse texto "DIÁLOGO COM A SOLIDÃO" me fez lembrar do meu passado. Realmente, existem coisas que nos fazem chorar "lágrimas de sangue". Parabéns!

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