INVEJA
A
inveja é um sentimento nocivo que se manifesta no indivíduo com a finalidade de
induzi-lo a desejar e cobiçar a felicidade ou bens materiais alheios. O
invejoso nunca está contente com o que possui; ele quer cada vez mais conseguir
algo para satisfazer o seu ego. Tem uma forte tendência voltada para a
manipulação de outrem e é capaz de praticar vários tipos de ação, a fim de
conseguir o que pretende alcançar. Esse sentimento possui um grande poder de
destruição em todas as áreas onde atua.
Essa
obsessão desencadeia e suscita no invejoso a capacidade, não apenas de
idealizar, mas, também, de planejar e praticar atos surpreendentes, como por
exemplo, violência, trapaças, mentiras, discórdias, entre outras.
Geralmente
sente-se feliz com a infelicidade de alguém e, ao mesmo tempo, infeliz com a prosperidade,
o status social, o emprego ou objetos conquistados por outro indivíduo.
Torna-se uma pessoa dissimulada e até perigosa. É movida pela ambição e a
insatisfação pessoal e, por vezes, deixa transparecer em seu olhar uma
expressão de ódio que, por si só, já é um sentimento doentio.
"Sei que
olhos agitados revelam um coração perturbado. Quando o coração está tranquilo,
tranquilos também ficam os olhos. Mas eu não sabia que a inveja tem o poder
para agitar o olhar", ressaltou Rubem Alves em "A Inveja" - uma
das crônicas do livro "O Retorno e Terno".
A
inveja teve seu início desde a criação do mundo. A Bíblia relata vários casos,
como por exemplo: Lúcifer quis apropriar-se do Céu; Caim matou Abel; José (filho
de Jacó) foi vendido pelos seus irmãos.
Na
Mitologia é possível verificar que também existem divindades que representam a
inveja, como por exemplo, Ftono.
No
mundo imaginário da literatura, a inveja se faz presente em vários textos como
é o caso de Branca de Neve e os Sete Anões, Cinderela, Rapunzel. Muitas vezes
contamos essas histórias para nossos filhos, netos, alunos, mas não apontamos a
inveja como a principal causa dos conflitos nos fatos narrados. Detemo-nos
apenas às personagens, suas características físicas, em que o bem prevalece
sobre o mal, culminando sempre num final feliz.
Alguns
romances e inclusive telenovelas têm o enredo focado na cobiça. Nesse sentido,
“qualquer semelhança não é mera coincidência”. O imaginário quase sempre é a
matéria-prima extraída da realidade, onde ambos se entrelaçam construindo uma
trama movida pela rixa, ódio, rivalidade, desprezo e desespero. Portanto, a
pessoa que sente inveja é cativa desse sentimento e convive com ele para
alimentar o monstro chamado ego.
Autora do texto: Professora Afra
de Souza Lira Euclides da
Cunha-BA. 06.06.2012.
Professor
(a):
Nesse texto
você encontrará um leque de possibilidades para dinamizar sua(s) aula(s) e,
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interpretação dos textos;
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Desejo-lhe
muito sucesso!
Nunca vi um poder de síntese igual. Você tem o domínio das palavras e das ideias. Cuidado que estou com inveja. kkkkkkk
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