A BAILARINA
Era uma vez uma linda garota que
sonhava em ser uma grande e famosa bailarina, mas, seus pais não tinham
condições de comprar os acessórios que a filha tanto desejava usar quando fosse
participar de alguma apresentação.
Sempre
que podia, a mãe levava a menina para passear. Um dia, quando olhavam as
vitrines, lá estavam a amostra de vestidos, sapatilhas e todos os adornos que a
garota sonhava em possuir. Viajando pelo mundo da imaginação, sua cabecinha se
povoava de fantásticas fantasias e já se via envolvida no mundo da fama.
Todas
as vezes que passava por aquela loja, a garota suspirava de emoção e cultivava
o desejo de ver seu sonho realizado. Lá continuavam, impecavelmente, em cabides,
o vestido, as sapatilhas e tudo quanto era necessário para que ela usasse nas
apresentações.
Seu
passatempo favorito era observar aquela vitrine para admirar o belÃssimo
vestido de renda rosa, bordado com muito requinte. Parecia uma obra de arte que
fascinava cada vez mais a garota. As sapatilhas eram confeccionadas com o mesmo
material do vestido e tinham pedrinhas reluzentes como se fossem pepitas de
diamantes.
Com
o passar do tempo a dona da loja começou a observar o comportamento da garota e
a constante frequência com que ela ia ver a vitrine. Percebeu que o olhar
daquela criança fixava-se apenas no vestido e nas sapatilhas de bailarina. Seus
olhinhos brilhavam como duas esmeraldas “denunciando” seu contentamento e o
prazer de, mais uma vez, poder contemplar aquelas peças.
Mas
como comprá-las se não tinha dinheiro? O salário do pai mal dava para as
despesas da casa. Seus olhinhos encheram-se de lágrimas, pois sabia que seu
sonho era impossÃvel de ser realizado. E, logo pensou: “não vou mais continuar
estudando balé no morro. De que adianta tantos ensaios e dedicação se nunca vou
poder usar esse vestido e essas sapatilhas”?
Seus
sonhos estavam desmoronando! Tantas horas dedicadas aos ensaios! E a
disciplina? E todos os testes que havia feito para ingressar na escola de balé?
Para ela, seus esforços foram em vão porque tinha abdicado de muitas coisas
para se dedicar, exclusivamente, ao balé e, quem sabe, um dia, dançar no Teatro
Municipal. Pensava em proporcionar à famÃlia uma vida melhor e até se mudar
daquele casebre.
De
repente a garota pensou: “não vou frustrar meus sonhos”! Mudou de ideia e
prometeu a si mesma que iria se dedicar aos estudos e se formar, como também
não desistiria do balé. Ela entendeu que seus sonhos um dia seriam realizados e
que, tanto o vestido como as sapatilhas, eram encantamento de criança e que quando
crescesse, iria ter vários para se apresentar pelo mundo afora.
Moral:
não desista de seus sonhos!
Autora do texto: Professora Afra
de Souza Lira
Euclides da Cunha-BA. 12/07/2012.
que bunitim
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