COISAS
LINDAS DA NATUREZA
“A beleza agrada
aos olhos, mas é a doçura que encanta a alma”. (Voltaire)
Quão sábias e expressivas essas
palavras. Esse pensamento traduz o real sentido da vida, que aqui está
representada por essa maravilha da natureza. A beleza dessa árvore, em formato
de cadeira, com certeza agrada aos olhos, mas ela, por si só, é suficiente
para, com sua doçura, encantar a alma? Isso talvez aconteça com um número
reduzido de pessoas que ainda conseguem desvencilhar-se do azedume que, por
falta de amor, se enraíza no coração povoando-o de mágoas e ressentimentos.
Quantas vezes admiramos o canto dos
pássaros? Temos tempo para contemplar a beleza de uma noite estrelada e
enluarada? E o nascer e o pôr do sol são vistos diariamente? A Natureza não
merece nosso respeito e atenção? Para que possamos entender essas “coisas lindas da natureza” precisamos,
antes de tudo, olhar para o nosso “eu interior” de forma subjetiva e analisar
nossas ações, policiar a nossa maneira de falar, jogar fora tudo aquilo que nos
afasta da presença soberana de Deus, porque Deus fez a natureza para o homem
contemplá-Lo por Sua plenitude e perfeição. Qual arquiteto faria uma proeza
natural como essa? Nenhum. Ninguém constrói uma obra- prima como essa visto que
ela é viva.
Provavelmente alguém questione: o
que tem a ver a gravura com o título do texto, o pensamento de Voltaire e o
desenvolvimento desse enredo? A resposta é simples e objetiva: “tudo”. Uma
coisa vai se entrelaçando na outra e, dessa tessitura, nasce ou gera dentro das
pessoas, conscientes, o desejo de pensar e repensar acerca do que se denomina
“razão versus emoção”. Mas, por quê? Porque da mesma fonte não pode jorrar água
doce e salgada ao mesmo tempo. Somente os sábios valorizam e desfrutam o que de
melhor a vida pode oferecer.
Já que é a doçura que encanta a alma,
isso é agradável e faz bem ao coração e aos olhos de Deus. Em Provérbios 27:9,
lemos o seguinte: “O óleo e o perfume
alegram o coração; assim o faz a doçura do amigo pelo conselho cordial”.
Tais ensinamentos nos remetem a uma reflexão sobre o que somos e o que precisamos
ser. Então vamos juntar os elementos que configuram o presente texto: arvore
que simboliza a Natureza e que é criação de Deus; o pensamento de Voltaire, a
construção do texto, a exaltação a Deus, à vida pessoal e, finalmente os
ensinamentos que encontramos em Provérbios. Assim, faço um convite muito
especial: vamos sentar nessa “cadeira-árvore” para mergulharmos dentro de nós
mesmos e meditarmos sobre o nosso papel dentro desse contexto?
Atividade:
Comente o texto com seus alunos nas aulas de Filosofia, Língua Portuguesa e
Ensino Religioso.
Autora
do texto: Professora Afra de Souza Lira.
Graduada
em Letras.
Pós-graduada
em Língua, Linguística e Literatura.
Euclides
da Cunha-BA. Em 24.03.2013.